O que fazer no Mar Morto? Parece uma pergunta boba, mas a região do mar morto vai muito além de entrar na água e boiar. Conhecer o Mar Morto é, sem dúvidas, uma das experiência mais esperadas por quem vai a Israel.
Além de boiar com muita facilidade na água do mar morto, você poderá viver outras experiências incríveis e inesquecíveis na região norte de Israel. Então já separa um ou dois dias no seu Roteiro Israel para conhecer a região e se surpreenda! Preparamos essa listinha com 4 passeios com propostas diferentes – não deixe de conferir!
Veja também: O que fazer em Israel: 15 passeios imperdíveis
Motivos para ir ao Mar Morto
O Mar Morto é, na verdade, um lago enorme que não tem saída para o oceano. Ele é chamado de mar porque há muito sal na água (muito mesmo!). Tanto que você tem que tomar muito cuidado para a água nem encostar nos seus olhos, pois é ardor na certa. Mergulhar nem pensar!
Mas por que as pessoas flutuam no Mar Morto? Isso acontece porquê a concentração de sal é muito alta, chegando a 10 vezes mais que os oceanos. Aliás, para quem não sabe, o Mar Morto não é mar, e sim um grande lago abastecido pelo Rio Jordão. É o ponto mais baixo da terra, há 424 metros abaixo do nível do mar.
Apesar de ser um passeio clichê, conhecer o Mar Morto e sua região vale muito a pena. A experiência é única e, na minha opinião, todo mundo deveria experimenta-la uma vez na vida! Além disso, as águas do Mar Morto são consideradas medicinais por melhorarem algumas doenças respiratórias e de pele de quem se banhou por lá. A lama da região do lago também tem propriedades curativas por ser rica em sódio, potássio, magnésio e cálcio.
Ainda não te convenci? Aqui vai um motivo que vai te fazer querer conhecer o Mar Morto agora mesmo: ele está secando! Cientistas afirmam que a quantidade de água está cada vez menor. Por isso, é melhor visitar logo!
Onde fica o Mar Morto
Há uma certa polêmica quanto à localização do Mar Morto. Para uns, ele faz parte de Israel e para outros da Palestina por causa da briga de ambos os países por território que já dura décadas. Bom, geograficamente, ele está localizado na fronteira entre Jordânia e Israel e é alimentado pelo Rio Jordão. A região do Mar Morto onde fica o Deserto da Judeia, até quando estive lá, é mantida pelo governo israelense.
Como chegar no Mar Morto
A região do Mar Morto fica há 117 km de Jerusalém e a 170 km de Tel Aviv. O ideal é ir de carro, que você pode alugar um carro no aeroporto de Jerusalém, assim vai ter mais autonomia durante a sua viagem. Mas caso esteja querendo economizar, pode utilizar o sistema de transporte público de Israel. Há ônibus saindo de Jerusalém (linha 486) e Tel-Aviv (linha 421), passando pelo oásis de Ein Gedi e pelas ruínas de Massada.
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Quanto tempo precisa para conhecer a região do Mar Morto?
O ideal para conhecer bem o Mar Morto e sua região são dois dias. Assim você fica mais confortável, porque os passeios cansam bastante. Por ser uma região de deserto e pela água ser muito salgada, o cansaço pode bater e depois de tantas horas dirigindo ou enfrentando transporte público tudo que você vai querer por algumas horas será a cama gostosa do seu hotel. Rsrs
Fizemos todos esses passeios em um dia só, acompanhadas pela guia Aline Szewies (procurem ela no instagram: @alineguiaemisrael). Foi super corrido, ficamos apenas 1h30 no Mar Morto, mas achei o suficiente. Então o ideal mesmo são dois dias na região, assim você faz dois passeios por dia e pode aproveitá-los por completo.
4 passeios imperdíveis na região do Mar Morto
Agora que você sabe tudo sobre o Mar Morto e sua região, confira os 4 passeios que selecionamos para você fugir do óbvio durante o seu roteiro. É claro que o clássico “boiar no mar morto” não poderia ficar de fora, mas aproveite para explorar ainda mais dessa região tão exótica e diferente!
#1 Ein Gedi: um Jardim Botânico no meio do deserto
Nosso dia começou dentro do Kibutz Ein Gedi, para conhecermos seu jardim botânico, que fica no meio do deserto! Para quem não sabe, kibutz são comunidades socialistas, auto sustentáveis, organizadas por um membro da associação. É como se fosse uma cidade, com as suas regras, sua moeda (o dinheiro é virtual!) e etc. São muito comuns em Israel, vale a pena conhecer!
O jardim botânico é muito bonito, bem cuidado, com espécies diferentes e curiosas. Quem cuida e preserva tudo são os próprios moradores da região. O jardim, na verdade, começou como um simples jardim da comunidade e hoje já é lar de mais de 1000 espécies diferentes de plantas. A planta que mais me chamou atenção me lembrou um cacto com “suculentas”.
Ein Gedi é um ótimo lugar para quem gosta de ecoturismo. Além das espécies de plantas, existem algumas trilhas por ali, parques arqueológicos e claro, o mar morto. Durante o passeio, paramos em um mirante, de onde pudemos ver outra parte do Kibutz – perto dali, há um oásis, onde a guia nos contou que tem cachoeiras lindas! Mas, como todo lugar de fácil acesso, fica bem cheia no final de semana (principalmente aos sábados!)
Não esquecer de levar:
Sua câmera para registrar toda a flora incrível desse lugar! Além de protetor solar (mesmo no frio, a o sol da região pode queimar) e também algo para cobrir os ombros. Em algumas regiões de Israel, isso é necessário.
Quanto custa para entrar no jardim Ein Gedi
O jardim de Ein Gedi oferece visitas guiadas com entrada custando NIS 20. O funcionamento é de segunda a sábado, em horários variados. Para não errar e acabar de fora, consulte o site oficial e encaixe no seu roteiro.
O que é imperdível de ver:
Além das inúmeras espécies de plantas de todos os continentes, há também trilhas que levam ao oásis Ein Gedi que possui cachoeiras incríveis. A mais procurada é a Cachoeira de Davi. Vale a pena esticar o passeio um pouco mais para conhecer! Se você não for tímida, pode arriscar fazer amizade com os moradores da região que costumam receber os turistas em suas próprias casas. Quem sabe você não descola uma iguaria israelense caseira! Rsrs
#2 MASSADA – Patrimônio Mundial da UNESCO
Massada foi um dos meus lugares preferidos da viagem: me encantei com a história por trás da fortaleza por ser tão cheia de ação e tragédia. Na minha opinião, poderia facilmente virar um filme de Hollywood!
Abaixo, um pequeno resumo da história de Massada para vocês entenderem a energia que gira em torno desse lugar. Não deixe de contratar um guia ou de pesquisar toda a história, é ainda mais interessante visitar a fortaleza sabendo tudo o que aconteceu por lá!
Breve história de Massada
A fortaleza de Massada foi construída nos anos 30 A.C, pelo Rei Herodes, que espalhou sua arquitetura por todo o país. Ele construiu um castelo, dentro de uma fortaleza e em cima de um penhasco pois tinha mania de perseguição, e achava que todos queriam mata-lo, inclusive seus familiares.
No ano 68 a.C, no meio da guerra contra os Romanos, um grupo de Judeus invadiu a fortaleza e Massada tornou-se seu refúgio. O Rei Herod havia estocado muita água e comida, o suficiente para os Judeus viverem alguns anos por lá. Mas, em 72, os Romanos, depois de inúmeras tentativas de invadir a fortaleza, chamaram judeus escravos para construírem uma enorme rampa, que os levariam até o topo. Os Judeus não poderiam matar seus familiares, e assim, a rampa foi finalizada em 73.
Os Judeus que estavam dentro de Masada não poderiam se render, e então decidiram cometer suicídio. Mataram famílias, crianças e eles próprios. A morte coletiva ficou marcada como um ato de coragem e heroísmo. wA saga foi relatada por Flavio José, historiador da época. Os achados arqueológicos no local confirmam a veracidade dos fatos!
Como chegar:
Massada está há 104 km de Jerusalém, na região do Mar Morto. O transporte público não é tão eficiente nessa região, então, sugiro alugar um carro para facilitar o deslocamento. É possível ir de ônibus saindo de Jerusalém. Pegue a linha 486, que sai da rodoferroviária em direção ao Mar Morto.
Não esquecer de levar:
Leve água, protetor solar e um boné! Cubra o corpo todo para queimar o menos possível. O clima é muito seco lá no alto e o sol ainda mais forte!
Quanto custa para entrar na Fortaleza de Massada
A entrada custa ₪76 Shekel para subir de bondinho (foi a nossa escolha! É bem rapidinho e com um visual lindo!) ou você também pode encarar a “trilha da serpente” por ₪25 shekel. Dura aproximadamente 40 minutos, mas é preciso caminhar debaixo do sol, com o clima seco do deserto.
O que é imperdível de ver:
Ao chegar no topo, prepare-se para explorar! A sua primeira parada deverá ser em alguma maquete de bronze, que estão espalhadas por todo o sítio, e são ótimas para entendermos melhor como eram as construções.
Vá até a Casa de Banho, ao Palácio de Herodes, ao depósito de comidas, a Mikhva e à sinagoga. Esses são os pontos altos do passeio!
A paisagem do alto da fortaleza também é imperdível: de um lado, podemos ver o Deserto da Judéia, e do outro o Mar Morto.
#3 Passeio de jipe pelo Deserto da Judéia
O Deserto da Judéia é conhecido como o menor deserto do mundo! Para termos uma comparação, o Deserto do Saara – o maior deserto do mundo – é 1.500 vezes maior!
Apesar de pequeno, o deserto tem a sua beleza, com paisagens únicas! As montanhas são feitas de sal e cobertas com uma leve camada de areia. Na foto, dá para ver alguns cristais de sal!
Também nos chama atenção essas pedras que parece que foram desenhadas – elas são assim por causa do vento e da chuva, que vão esculpindo-as com o tempo! A natureza é incrível, né?
Como é o passeio de jipe pelo Deserto da Judeia
Fizemos o passeio de Jeep com a empresa “Gil Shkedi Desert Tours”. Achei o carro beeeem antigo, mas o passeio foi divertido, e com bastante emoção! Normalmente aluga-se o carro – um 4×4 – que cabe até 8 pessoas.
O passeio normalmente dura em torno de 2h a 3h, e o motorista vai fazendo várias paradas com explicações e os valores vão variar de empresa para empresa. É legal fazer uma pesquisa ao chegar em Jerusalém.
O que é imperdível de ver:
Não deixem de fazer o passeio completo! Como queríamos ver o pôr do sol no Mar Morto, tivemos que reduzir um pouco o passeio e fizemos apenas duas paradas – uma para ver os cristais de sal e outro para ver a “caverna do ar condicionado” – uma caverna bem pequena, que tem uma temperatura super amena dentro! Dá para caminhar alguns metros por dentro da caverna, mas é bem apertadinho! Se você for claustrofóbico, melhor nem etrar! Rsrs
Quem curte (e também quem não curte) animais exóticos é legal ficar bem atento, pois é possível ver roedores, aves, raposas escorpiões e até cobras.
#4 Boiar no Mar Morto
É claro que não poderia faltar esse passeio tão icônico na nossa lista. A experiência de boiar no Mar Morto é única! É só você tirar os pés do chão para sentir a água te empurrando para cima, e você fica boiando com muita facilidade, dá até para ler um jornalzinho! Aliás, essa é uma foto clássica, então caso veja um montão de gente boiando com jornal na mão não estranhe. Rsrs
Separe algumas horas do seu dia para viver essa experiência! Nós pegamos o pôr do sol que foi mágico, finalizando com muito estilo o nosso dia.
Não esquecer de levar:
Roupa de banho, protetor solar, algum remédio ou creme para alergia (caso sua pele reaja à todo o sal presente na água) e, claro, seu jornalzinho. Também é legal proteger seus eletrônicos com capas à prova d’água para eletrônicos. Assim você os protege de acidentes e garante suas fotos!
Dica importante:
São várias opções de hotéis na beira do Mar Morto. Escolhemos a chamada Ein Bokek. Geralmente os hotéis tem a sua própria “praia”. Ficamos hospedadas no Isroel Spa Hotel Deade Sea (mais informações a seguir) e entramos na água lá mesmo. Mas, existem algumas opções de praias abertas, caso você não queira se hospedar. Em algumas inclusive tem a famosa “lama do mar morto” – dizem que é ótimo passar no corpo para ficar com a pele hidratada!
O que é preciso saber antes de entrar no Mar Morto
- Não é recomendado ficar mais do que 20 minutos dentro da água – você começa a sentir a pele coçando e ardendo.
- Não entre com acessórios, a grande quantidade de sal pode corroê-los, e muito cuidado com câmeras e go pro!
- Não pode molhar o rosto e tem que tomar cuidado com os olhos! Arde muito se cair alguma gotinha!
- Assim que você sair da água, tome uma ducha de água doce! Geralmente está disponível nas praias.
Onde se hospedar na região do Mar Morto:
O Isrotel Spa Hotel Dead Sea foi a nossa escolha e eu super indico! É um hotel 5 estrelas, bem moderno e elegante. É conhecido pelo seu Spa de luxo, que inclui piscina com água do mar morto, salas de massagem, tratamento de beleza (fizemos a hidratação com lama do mar morto!), sauna seca e à vapor. A piscina externa é linda, com visual para o mar morto e muitas espreguiçadeiras para relaxar.
Os quartos são amplos e bem equipados, mas o que mais me surpreendeu foi a vista da piscina com o Mar Morto no fundo. Lindo lindo!
O Hotel conta com dois restaurantes. O Zer Hazahav Restaurant serve café da manhã e um buffet à noite, que foi a nossa escolha para jantar. As duas refeições são muito fartas, com opções para todos os paladares e pratos típicos!
As diárias variam de $200 a $900 dólares, dependendo da temporada.
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Dicas Importantes
Alugando um carro em Israel
Como eu falei algumas vezes nesse post, a melhor maneira de se locomover em Israel é alugando um carro. Essa é uma maneira muito prática porque te dá muito mais autonomia na hora de viajar e escolher quando e onde você vai primeiro. Sem falar que você não vai ficar se preocupando com qual ônibus ou qual trem pegar e nem pagando absurdos de táxis e transportes privados. Além disso, as estradas de Israel são excelentes e o preço da gasolina não é muito alto.
A nossa recomendação é a RentCars! Essa empresa é ótima para pesquisar preços, pois faz uma compilação de todas as grandes locadoras de carro (Hertz, Avis, Europcar, Sixt…), o que torna sua procura muito mais eficiente.
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E para percorrer tudinho de carro, nada melhor que a facilidade do GPS, né? Pra isso, é preciso ter uma boa internet móvel. O legal é que Israel tem cobertura de internet em todo o país.
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Vale saber: essa viagem foi feita à convite do blog Vamos Pra Onde, em uma press trip organizada pelo Ministério do Turismo de Israel.
gostaria mas nao posso cantar uma canção sobre rio raicho chuvarada por que que chove tanto assim
maravilha de explanação.
Oi Wilson! Desejo que faça uma boa viagem ao Mar Morto!!